Caminhadas na Serra da Estrela
As melhores caminhadas e trekkings na Serra da Estrela
A Serra da Estrela é um dos melhores locais para caminhar em Portugal! Grande parte da sua extensão pode ser acedida de bicicleta, permitindo percorrer mais distância e conhecer mais locais. Mas há zonas com relevo mais agreste que só podemos conhecer a caminhar. É nestes locais mais inacessíveis que se encontram os mais bonitos trilhos pedestres desta montanha.
Nesta página encontrarás as melhores caminhadas e trekkings na Serra da Estrela e poderás fazer download dos ficheiros GPX dos que preferires, para utilizares no teu GPS ou smartphone.
Se não tens experiência em trilhos de montanha, lê as nossas DICAS antes de partires à aventura.
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O que encontras nesta página:
Ascensões à Torre
Sim é verdade. É possível subir ao Alto da Torre de carro. Mas a pé é diferente. É desafiante, as vistas são arrebatadoras e é também mais sustentável. E no final ficas com aquele sentimento de conquista…
Os trilhos aqui apresentados são exigentes a nível físico e decorrem por caminhos de pé posto na maioria da sua extensão. Apesar de não apresentarem dificuldades técnicas de grande relevo, são aconselhados para caminhantes com alguma experiência em trilhos de montanha. Se não for o caso, aconselhamos que os faças com guia.
Os percursos são lineares. Poderás regressar pelo mesmo caminho ou solicitar um táxi para te levar desde a Torre ao ponto de inicio do percurso.
Queres subir à Torre com Guia local?
Ascensão Loriga - Torre
10.5 km (ida) | 1060 m D+ | Inicio: Loriga
Desde Loriga, conhecida como a Suiça de Portugal, ascende-se à Torre pelo Vale Glaciário de Loriga, também conhecido como Garganta de Loriga. Este vale é sem dúvida um dos destaques da Serra da Estrela a nível paisagístico.
A Penha dos Abutres e a Penha do Gato presidem a paisagem e irás avistá-las sempre ao longo do teu percurso.
O trilho decorre inicialmente por entre verdejantes prados de altitude e com vistas insuperáveis sobre a vila e a Serra do Açor lá ao fundo.
À medida que se sobe pelo vale antigamente coberto pelo gelo do glaciar de Loriga a paisagem vai-se tornando cada vez mais agreste, mais de montanha, mas ao mesmo tempo mais bela.
Antes da chegada à Torre passarás por diversos circos glaciários albufeiras e lagoas de altitude.
Esta é considerada por muitos a subida mais bonita ao alto da Torre.
Ascensão - Alvoco da Serra Torre
6.3 km (ida) | 1230 m D+ | Inicio: Alvoco da Serra
Alvoco da Serra é a localidade mais próxima geograficamente do Alto da Torre. Trata-se tal como Loriga de uma linda aldeia de montanha na encosta sudoeste da Serra da Estrela.
Esta é a ascensão mais curta com apenas 6,3Km de extensão mas também sem dúvida a mais exigente. Ao longo do traçado irás enfrentar o famoso “KM vertical de Alvoco”. Neste segmento irás subir 1.000m de altitude em apenas 3.7KM de percurso.
A subida à Torre desde Alvoco é extremamente panorâmica com vistas desafogadas ao longo de quase todo o percurso.
Uma excelente opção para quem procura um trekking mais desafiante.
Ascensão Manteigas - Torre
13,6 km (ida)| 1280 m D+ | Inicio: Manteigas
Situada a Norte do Maciço Central da Serra da Estrela, Manteigas é conhecida como o Coração da Serra da Estrela e foi recentemente galardoada com o BEST TOURISM VILLAGES 2023 by UNWTO.
Ascensão mais longa e muito rica em pontos de interesse. Passarás pelas paisagens mais imponentes na Serra da Estrela. A subida é durante largos períodos suave, pelo que tem também zonas bastante ingremes e terreno algo técnico com uma ou outra trepada fáceis.
Inicialmente por estradão irás percorrer o Vale Glaciário do Zêzere um dos ex libris da nossa Serra da Estrela. Subirás até às Portas da Candeeira para uma vista magnifica sobre este vale em altitude e apenas acessível a pé. Passagem pelo famoso Covão d’Ametade e de seguida pelo imponente circo glaciário do Covão Cimeiro, rodeado pelos imponentes Cântaros, os cumes mais conhecidos desta montanha.
Um pequeno desvio (opcional) possibilita a ascensão ao Cântaro Gordo para desfrutar das vistas. De seguida já em terreno menos abrupto caminharás pelo planalto superior até chegares ao ponto culminante, a Torre.
Trekkings no Maciço Central da Serra da Estrela
Paisagens muito diferentes daquelas a que estamos habituados no nosso dia a dia. O Maciço Central da Serra da Estrela, oferece vistas únicas em Portugal e alberga várias espécies que não existem em nenhum outro local no nosso pais.
São lagoas, cervunais, formações rochosas colossais, vistas até ao infinito…
É isto o que te espera lá em cima.
Tal como nas ascenções à Torre é preciso ter em atenção que se trata de percursos por trilhos de montanha, algo exigentes.
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Rota do Maciço - Central
10,3 km (circular) | 570 m D+ | Início: Covão d’Ametade
Sem dúvida uma das rotas circulares mais impressionantes em toda a montanha. Não te deixes enganar pelas “modestas” estatísticas de distância e desnível acumulado. Este é um trilho exigente.
Mas compensador. Muito compensador. Começarás no Covão d’Ametade e começarás logo a subir em direção ao Cântaro Gordo. Em apenas 2Km ascendes dos 1.400m aos 1800m. Estás agora no sopé do Cântaro ao qual poderás subir opcionalmente.
No planalto superior, o terreno é mais suave, aproveita para contemplar algumas das lagoas mais bonitas da Serra da Estrela.
Uma descida algo ingreme com alguns destrepes fáceis leva-te ao Vale da Candeeira. Este é o vale mais remoto de toda a nossa montanha e irás percorrê-lo integralmente.
No final uma travessia pela encosta do Vale Glaciário do Zêzere com vistas extraordinárias.
Sem dúvida um das rotas de montanha mais apaixonantes em Portugal!
Circular do Planalto Superior
8 km (circular) | 250m D+ Inicio: Torre
Pequena rota ao redor do planalto da Torre. Esta é uma rota relativamente acessível pois decorre toda ela em altitude, sem grandes desníveis acumulados.
Sairás da Torre em diração ao Vale Glaciário de Loriga onde conhecerás algumas lagos e circos glaciares, de seguida na zona das Salgadeiras visitarás algumas das lagoas mais bonitas da Serra. No final já em direção ao ponto de inicio terás as melhores vistas sobre os três Cântaros, e o grandioso Covão Cimeiro.
Rota quase na sua totalidade em trilhos de pé posto. Indispensável para quem quer conhecer as paisagens mais alpinas em Portugal.
Travessia do Planalto Ocidental
14 km (ida) | 560m D+ | Início: Vale das Éguas (Penhas Douradas)
As zonas mais elevadas da Serra da Estrela são essencialmente constituidas por 2 planaltos divididos pelos Vales Glaciários do Zêzere e da Alforfa.
O planalto Ocidental é mais remoto e as suas zonas mais interessantes só se podem aceder a pé.
Começarás no Vale das Éguas, uma paisagem sui géneris com matos que mudam de cor ao longo do ano e vistas para a zona balnear do Vale do Rossim. Os imponentes blocos graniticos já aqui marcam presença e irão acompanhar-te durante todo o percurso.
Visitarás a Nave da Mestra e a Casa do Juiz construída debaixo de um enorme bloco granítico, um dos locais mais especiais da Estrela.
Seguirás depois em direção ao planalto superior, a paisagem começa a agigantar-se. As vistas serão cada vez mais impressionantes, até chegares ao final do teu percurso, perto do Alto da Torre.
Um dos percursos mais bonitos e diversos da Estrela.
Rota das 5 Lagoas
8,5 km (circular) | 200m D+ | Início: Lagoa Comprida
Neste percurso irás conhecer a Lagoa Comprida, o famoso Covão dos Conchos e a Barragem do Covão do Forno. Estas três lagoas artificiais integram o sistema de aproveitamento hidroelétrico da Serra da Estrela. Passarás também pelas bonitas e isoladas Lagoa Redonda e Lagoa Seca.
Uma pequena rota com muita água, vistas de montanha e panorâmicas.
Desde o Covão dos Conchos o regresso faz-se por trilho de pé posto, por vezes algo fechado pelo mato. O GPS é imprescindível.
Caminhadas na Serra da Estrela
Caminhadas de dificuldade fisica mais moderada ou mesmo fáceis. Na sua maioria por trilhos de pé posto.
Há várias por onde escolher, e são muito diferentes entre si.
Algumas decorrem em zona de planalto, outras em profundos vales e algumas levam-te a conhecer recantos mágicos com densos bosques e cursos de água cristalina.
Nestas caminhadas encontras paisagens muito diversas, qual será a melhor para ti?
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Visita à Nave da Mestra
14 km (circular) | 545 m D+ | Início: Vale do Rossim (Penhas Douradas)
Esta rota circular tem muitos pontos de interesse. De facto começas na bonita zona balnear do Vale do Rossim com belas vistas para os Fragões das Penhas Douradas. Até à Nave da Mestra é sempre a subir mas relativamente suave. As vistas para o Vale do Rossim e para os grandes fragões das Penhas Douradas agora desde outra perspetiva irão deliciar-te.
A Nave da Mestra é um excelente lugar para parar e contemplar. Se decobrires a fenda desce por ela, com cuidado, até à parte inferior do gigante bloco granitico.
No regresso passarás por Vale das Éguas com vistas singulares. No final percorrerás as margens da albufeira do Vale do Rossim até ao ponto de inicio.
Rota dos Vales Glaciários de Manteigas
6,5 km (circular) | 400 m D+ | Início: Covão d’Ametade
Uma pequena rota para descobrires os Vales Glaciários de Manteigas. O famoso Vale Glaciário do Zêzere e o Vale suspenso da Candeeira.
Após um pequeno percurso cerca de 1Km por estrada descerás um pouco do vale do Zêzere junto às margens do rio com vistas fantásticas para os cumes da Serra da Estrela.
De seguida ascenderás por uma moreia até às Portas da Candeeira. Terás obrigatoriamente de parar aqui um pouco para apreciares as vistas de cortar a respiração.
Regressarás ao ponto de inicio por uma vereda à meia encosta do Vale do Zêzere. Este troço do percurso inclui alguns segmentos ingremes e um destrepe fácil.
Rota muito interessante e com inúmeros vestígios da glaciação há 30.000 anos atrás!
Rota da Caniça
6,60 km (circular) | 320 m D+ | Início: Lapa dos Dinheiros
Como o próprio nome indica esta rota leva-te a percorrer os meandros da ribeira da Caniça.
O Souto da Lapa com os seus castanheiros centenários é para mim o maior destaque deste percurso e fica logo no inicio do mesmo. Mas há mais.
As quedas deágua da Caniça são fantásticas, a praia fluvial da Lapa dos Dinheiros, encantadora!
E também há os Cornos do Diabo, uma peculiar formação rochosa e o sumo da Caniça, local onde a ribeira desaparece da superfície e continua o seu percurso no subsolo para ressurgir mais adiante!
Belíssimo e diversificado passeio.
Rota das Pontes
8 km (circular) | 350 m D+ | Início: Cortes do Meio
Cortes do Meio é conhecida como a capital das Piscinas Naturais. Grande parte da rota decorre nas margens da Ribeira das Cortes, com as suas águas cristalinas, recantos de muita beleza natural e claro pequenas piscinas naturais ao longo do caminho.
Irás percorrer o Vale das Cortes com os seus socalcos agrícolas e vistas para o Alto da Pedrice que se vai agigantando à medida que avanças.
E conhecerás também as aldeias de Bouça e Cortes do Meio.
Nos dias mais quentes, aproveita para um mergulho!
Rota do Poço do Inferno
2,8 km (circular) | 120 m D+ | Início: Parque de estacionamento do Poço do Inferno (Manteigas)
Pequena mas deslumbrante caminhada. O percurso é acidentado mas muito compensador.
Nas imediações da cascata do Poço do Inferno subirás um trilho ingreme e rochoso (muita prudência se o trilho estiver húmido ou molhado) para descobrires outras pequenas cascatas e vistas soberbas. Posteriormente atravessarás um dos bosques mais bonitos da Serra da estrela com diversas espécies de árvores folhosas e resinosas pouco comuns no nosso pais.
Talvez um dos passeios mais bonitos que se podem fazer na Serra.
Dicas: O que deves saber antes de partires à descoberta da Serra da Estrela
- Antes de ir verificar sempre as condições meteorológicas previstas. As condições climatéricas podem ser bastante severas na Serra da Estrela, sobretudo nas zonas mais altas. Se estiver previsto mau tempo ou nevoeiro é melhor ponderar adiar a aventura.
- As mudanças de condições meteorológicas são por vezes repentinas, levar sempre abrigo extra.
- A dificuldade técnica e física das ascensões à Torre e trilhos no Planalto Superior aumenta muito se houver gelo ou neve. Se não tiveres experiência, contrata um guia ou adia a aventura. Mesmo nas rotas a mais baixa altitude é necessário cuidado em dias com chuva ou muita humidade, pois certas partes do trajeto podem estar muito escorregadias.
- Os trilhos em altitudes mais elevadas decorrem em locais sem sombra. Levar óculos de sol, protetor e um chapéu.
- Levar sempre comida e água suficiente. Tem em consideração que apesar de não muito longos os percursos decorrem por caminhos de montanha com desníveis acentuados. Demorarão mais a completar e gastarás mais energia.
- Levar sempre telemóvel com bateria carregada e GPS com a rota que vais realizar
- Não deverás alimentar ou interagir com nenhum animal selvagem. Se encontrares um animal ferido, guarda alguma distância e contata o CERVAS +351 919 457 984
- Não utilizes o fogo
- Evita ruídos ou atitudes que perturbem o meio natural onde te encontras
- Mantem-te no trilho
- Não deixes o teu lixo na montanha
- Em caso de emergência GNR – Grupo de Intervenção Proteção e Socorro – + 351 961 188 070
A Estrela Ebike está disponível para te ajudar a tirar o máximo partido da tua visita à região.
Vemo-nos na Serra da Estrela!
Carinhosamente,
Júlia & Nuno
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